Publicado às 10h45 desta quinta-feira (22) – Fotos: Max Rodrigues
A Delegacia de Polícia Civil de Serra Talhada, no bairro AABB, amanheceu cheia de pais de alunos da Escola de Referência Professor Adauto Carvalho (Erempac) na manhã desta quinta-feira (21). Muitos estão preocupados com a segurança dos seus filhos após um estudante da escola, de 15 anos, ter postado no grupo do 1º ano que iria fazer uma grande matança no educandário nesta manhã.
A mensagem teria se espalhado na noite dessa quarta-feira (20), após o garoto externar no grupo que da chacina “iria sobrar vivo apenas meu irmão”. No perfil do WhatsApp do suposto garoto foi escrita a frase: “Menino que quer matar geral”. O medo e a apreensão dos pais é justificado.
Na semana passada, dois alunos mataram mais de 10 colegas em uma escola na cidade de Suzano, em São Paulo. Em Serra Talhada, fotos do suposto estudante vazadas do grupo do 1º ano da Erempac mostram o estudante exibindo uma pistola. Ainda não se sabe se o armamento é de verdade.
Os pais acionaram também a reportagem do Farol, que visitou a Delegacia para ouvi-los. “Minha neta está com medo de ir à escola. Isso é preocupante demais”, disse a psicopedagoga Maria Rita Duarte. Os pais querem que a Polícia Civil tome providências sobre o caso, no sentido de se evitar o pior.
ESCOLA E SUSPENSÃO
Em conversa com a reportagem do Farol, o grupo de pais que iriam prestar queixa da Delegacia nesta manhã informaram que a direção da escola convocou um reunião com o conselho da Erempac para esta sexta-feira (22).
Eles também mostraram à nossa reportagem um áudio em que a diretora do educandário teria garantido que já conversou com os pais e com o garoto que ameaçou “matar geral”.
No áudio, a diretora garante que “tudo já está esclarecido” e que a ameaça do menino não passou de uma “brincadeira de mau gosto” e uma grande “besteirada”. Em sua defesa, o garoto teria alegado que vinha sofrendo bulliyng.
Ainda, conforme relato do grupo de pais, o menor teria sido suspenso da escola por dias. Alguns pais de alunos do Erempac que são policiais militares estiveram cedo no colégio prontos a evitar qualquer ação criminosa.
Um grupo de pais de alunos acionou a Polícia Civil e o Farol nesta manhã