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quarta-feira, 6 de abril de 2016

Perito do caso Nardoni e do caso PC Farias oferece ajuda em investigação sobre morte de Beatriz



Um dos peritos criminais mais famosos do País está oferecendo ajuda para atuar nas investigações do assassinato de Beatriz Angélica Mota, ocorrido no dia de 10 de dezembro de 2015 dentro do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina. Trata-se do alagoano George Sanguinetti, que participou das perícias nas mortes de PC Farias, ex-tesoureiro de campanha do então candidato a presidente Fernando Collor de Melo, em 1996, em Maceió (AL), e da menina Isabella Nardoni, em 2008, em São Paulo.

O perito – que também é professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) – chegou a enviar ofício à sede do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em Petrolina, no início de março, oferecendo ajuda, segundo ele “sem custos” às autoridades locais. No próximo dia 10, completam-se quatro meses do homicídio, que segue sem solução.

Por telefone, de Maceió, Sanguinetti afirma que o caso Beatriz lhe tira o sono. “É um crime complexo e que só vai ser solucionado com um trabalho eficiente da perícia técnica”, afirma, acrescentando que confia na competência da polícia de Pernambuco.

O professor teve acesso a 12 fotos da cena do crime, o depósito de materiais esportivos do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, e se mostrou intrigado com o que viu. “Havia manchas de sangue compatíveis com pegadas. Não se sabe se eram de sapatos, sandálias, que tipo de material ou o tamanho do pé”. Ainda de acordo com Sanguinetti, a mão direita de Beatriz apresentava um ângulo de noventa graus com relação ao antebraço. Ele questiona se foi resultado de pancadas ou da disposição do corpo após o homicídio.

Para o perito, a tese de que Beatriz possa ter sido morta em um ritual de magia negra é carta praticamente fora do baralho. “Nesse tipo de crime há uma preocupação dos assassinos em recolher o sangue da vítima, então o corte é realizado na região da artéria carótida”, diz. Beatriz apresentava ferimentos localizados, em sua maioria, na região do abdômen.

Tese: O professor da UFAL não crê na tese de que várias pessoas teriam se juntado para premeditar o assassinato. Também discorda da eficácia de medidas como a divulgação do retrato falado do suspeito. “As pessoas se parecem umas com as outras”, alega. Ainda sem receber respostas das autoridades pernambucanas, Sanguinetti segue acompanhando o caso à distância. A assessoria de Comunicação do MPPE afirma que só poderá se pronunciar sobre o caso quando o inquérito for concluído e remetido à instituição. A Polícia Civil de Pernambuco alega que só dará declarações sobre o assassinato no dia apresentação do inquérito. (Via: JC)