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quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Policiais civis de Pernambuco querem remuneração melhor


O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) marcou para amanhã uma assembleia visando deliberar sobre a campanha salarial de 2019. A principal reivindicação do segmento é um salário equivalente à jornada de trabalho. Segundo o sindicato, o governo do estado reajustou a carga horária dos policiais civis sem aumentar, proporcionalmente, os valores pagos. A alteração começou a vigorar em 2010, por força da lei nº 155. A reunião será a partir das 18h, na sede da entidade, em Santo Amaro, área central do Recife.
A diretoria do Sinpol afirmou que tenta, há muito tempo, dialogar com o estado, mas não há um entendimento. “A gente não quer reajuste salarial, e sim que o governo corrija essa questão, que repare o que nos deve há quase dez anos”, diz o presidente da entidade, Áureo Cisneiros. “Estamos abertos ao diálogo, mas o estado fica empurrando com a barriga. Vamos puxar um movimento grande, estão todos muito revoltados com essa situação”, acrescenta.
Áureo aponta, também, que há “usurpação de funções” por parte da Polícia Militar no Instituto Médico Legal (IML) do Recife, além do déficit de pessoal. “A campanha também olha por essa questão, que o estado complete o quadro de policiais civis. Para você ter ideia, nos últimos quatro anos, mais de dez mil homicídios deixaram de ser investigados. Isso é grave, gera impunidade. E a impunidade é a mãe da violência”, conta.
Dossiê ignorado
Outra queixa do sindicalista, ainda no âmbito da suposta falta de diálogo com o Governo de Pernambuco, é que o Sinpol elaborou, com ajuda de uma empresa especializada, um dossiê sobre as dificuldades que a Polícia Civil enfrenta no estado. Teriam sido produzidos dois volumes desse material, apontando problemas estruturais, pontos que atrapalham o trabalho de inteligência do efetivo e outros assuntos.
“Fizemos esses dois dossiês, que foram assentados em bases científicas, teve outros estados e países como parâmetro. Foi um trabalho minucioso que levamos para o governo que, em momento algum, sentou conosco para discutir”, lamenta. Por fim, a instituição relata que há uma perseguição contra os sindicalistas, por parte da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS). Estariam tramitando na pasta mais de 60 processos administrativos contra civis que exercem mandato no Sinpol.
“Eu e Áureo temos, juntos, quase 40 deles”, afirma Rafael Cavalcanti, vice-presidente do sindicato. “Todos por apontar problemas na Polícia Civil e lutar por melhores condições. O governo, em vez de nos ouvir, usa a corregedoria para processar, mesmo a diretoria estando dispensada do serviço para exercer mandato”, discorre Rafael. A SDS foi procurada para comentar as acusações do Sinpol, mas, até o fechamento desta edição, não deu retorno.
Via PE Notícias