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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Polícia Civil investiga caso de crime virtual em Petrolina

Homem teve a foto dele associada a vídeo de estupro. Delegado já tem números que compartilharam ‘notícia’.
Desde a última semana, Bartolomeu do Nascimento Neto perdeu o sossego após ter a imagem dele associada a um vídeo de estupro. O caso circula nas redes sociais, em grupos de WhatsApp. Na rede, foi colocada uma foto do morador de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, como autor da violência sexual contra uma criança, o que causou revolta entre os integrantes dos grupos.
Foto: Reprodução TVGR
Os comentários direcionados a ele eram de ameaça, inclusive de morte. Bartolomeu disse que foi avisado por um amigo sobre o compartilhamento do boato envolvendo a sua imagem. Imediatamente o rapaz recorreu à Polícia Civil para fazer um Boletim de Ocorrência (BO). Mesmo buscando os meios legais, ainda procurou fazer um vídeo de defesa em que comparava suas características físicas com a do homem que aparece no vídeo.
Mas o boato já tinha viralizado, inclusive, em outras cidades, como na capital pernambucana, Recife. “Minha mãe, meus filhos e primos…todos foram ameaçados. Eu estava na minha casa e minha família pediu para eu sair porque estavam me ameaçando. Por isso tive que ir dormir na casa de uma amiga minha”, contou o homem, que ainda não anda tranquilamente pela rua por medo da repercussão que tomou a situação.
É muito comum encontrar nas redes sociais situações como a de Bartolomeu. Muita gente não pensa nas consequências de passar informações falsas e acaba compartilhando tudo que recebe. Acusações falsas espalhadas pelas redes sociais se configuram em crime virtual. Mesmo em caso em que a história seja verdadeira, o recomendável é não passar nada adiante sem a orientação da polícia.
De acordo com o delegado da Polícia Civil, Magno Neves, as investigações deste caso já foram iniciadas a partir do BO feito em que foram registrados números telefônicos de pessoas que compartilharam a ‘notícia’. “Já estamos coma as medidas encaminhadas para descobrir este caso, estas pessoas que compartilharam este vídeo”, disse o delegado.
Segundo Magno Neves, além deste caso configurar como crime de calúnia, estas pessoas que compartilham este tipo de informação envolvendo sexo explícito ou qualquer imagem pornográfica expondo criança e adolescente responde pelo crime de pedofilia. “Tem penas variadas de acordo com a prática da conduta. Quem compartilha tem pena de até 8 anos e quem armazena estas imagens pode responder a até quatro anos, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”.
Crime em 2014
Em 2014 uma mulher foi espancada e morta na cidade do Guarujá, em São Paulo, após ser confundida com uma sequestradora de crianças.
Do G1 Petrolina