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quarta-feira, 20 de maio de 2015

MPF apura tráfico de influência do ex-presidente Lula na Odecrecht


MPF apura tráfico de influência do ex-presidente Lula na Odecrecht
O Ministério Público Federal pediu esclarecimentos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à construtora Odebrecht e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para apurar suposto tráfico de influência do ex-presidente. Em parecer emitido na segunda-feira, 18, a procuradora da República Mirella de Carvalho Aguiar, prorrogou por mais 90 dias a notícia de fato – fase que antecede a abertura formal de investigação. De acordo com a procuradora, as informações são necessárias para que o órgão decida se abrirá ou não investigação formal contra o ex-presidente.
De acordo com parecer de Mirella “esta notícia de fato merece aprofundamento, com a realização de diligências visando à aferição de sua verossimilhança, para só então, na hipótese de efetiva colheita de indícios dos fatos narrados, aferir-se se encontram adequação típica no ordenamento jurídico nacional, caso em que poderá ser instaurada ou requisitada investigação, com a definição da estratégia investigatória”.
Foram pedidos o envio de ofício do Instituto Lula para informar, em 15 dias, a agenda oficial do ex-presidente em viagens para a América Latina e África entre 2011 e 2014. A procuradoria pediu ainda que o órgão informe se houve apresentação de palestras durante as viagens e, se sim, quem fez o pagamento. A informação que deu início às investigações foi revelada pela revista Época.
À Odebrecht, o Ministério Público pediu informações se a empresa pagou viagens internacionais a Lula e, em caso afirmativo, se elas tinham relação com investimentos da empresa. A construtora terá de esclarecer ainda nome de seus representantes que possam ter acompanhado Lula nos compromissos. Além disso, são solicitadas informações sobre se foi firmado algum contrato entre o Instituto Lula e a Odebrecht entre 2011 e 2014. É preciso ainda esclarecer se contratos firmados receberam recursos do BNDES.
Ao banco de fomento foi solicitado o envio de documentos referentes a contratos de financiamento para execução de obras ou fornecimento de bens ou serviços pela Odebrecht em países da América Latina e África entre 2011 e 2014. O BNDES deverá indicar ainda os recursos que foram liberados em cada contrato, a taxa de juros incidente, o prazo de pagamento e as garantias exigidas no fechamento dos empréstimos.
Um último pedido foi feito ao Ministério de Relações Exteriores para que sejam encaminhadas cópias de telegramas ou despachos telegráficos que tratem de viagens ao exterior cujo conteúdo mencionem os nome do ex-presidente Lula, Cuba, República Dominicana, Venezuela, Panamá ou Angola.
Um procedimento foi aberto no MPF para apurar se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cometeu tráfico de influência internacional. A investigação tem como base uma representação recebida pelos procuradores no fim de abril. A suspeita é de que Lula teria ajudado a construtora Odebrecht a obter contratos na América Latina e na África com recursos do BNDES. O tráfico de influência teria sido iniciado logo após Lula deixar a presidência da República, em 2011, e durado até 2014. Com informação do Estadão Conteúdo.

GOE vai reabrir inquérito que apura tentativa de extorsão contra padre, em Pesqueira-PE


Suspeito teria pedido R$ 30 mil para não divulgar fotos em redes sociais. Após ter confessado ao religioso, ele será ouvido pela Polícia Civil.

O Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil de Pernambuco vai reabrir o inquérito que investiga uma tentativa de extorsão contra o padre Severino Ézio de Melo, 36 anos, integrante da diocese de Pesqueira, cidade do Agreste pernambucano. A investigação iniciada no fim do mês de abril já tinha sido remetida à Justiça, mas será retomada pela polícia em função da confissão que o suspeito teria feito para o religioso.

"O padre relata, em um primeiro momento, que teria sido vítima de extorsão, quando enviaram mensagens para seu celular exigindo dinheiro, na condição de não divulgar algumas fotos. O suspeito, para provar que tinha essas fotos do padre, as enviou através de aplicativo de celular, o que deu ênfase realmente à extorsão e que deixou o padre bastante perturbado, e o fez vir até essa delegacia denunciar o fato criminoso", disse o delegado Cláudio Castro, titular da investigação, em coletiva realizada nesta terça (19), no Recife.

Castro informou que, a partir da primeira denúncia, as pessoas indicadas pelo padre foram ouvidas, inclusive o suspeito, que inicialmente negou a autoria das mensagens. "Posteriormente, ele teria confessado ao padre. No momento oportuno, vai ser tomado seu depoimento [do suspeito], provavelmente vai haver seu indicamento e o inquérito vai ser concluído. Aí ficará a critério do Ministério Público denunciar ou não", explica o delegado.

Ernesto Cavalcanti, assessor jurídico da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), está responsável pela defesa do padre. "Estamos acompanhando isso desde o começo. Fomos nós quem levamos o padre para o GOE, porque ele estava acuado, recebendo constantes ameaças. O elemento pedia R$ 30 mil para não colocar nas redes sociais fotos comprometedoras", comentou.

Segundo o advogado, a investigação começou imediatamente, com a apreensão do celular do padre para perícia e análise das mensagens recebidas. "As fotos existem e são reais. Para os padrões de hoje seriam normais, mas em se tratando de um padre, são comprometedoras, porque contrariam os dogmas da Igreja", diz Cavalcanti.

A extorsão não se concretizou, uma vez que o pagamento não foi feito. "O padre disse que tem um terreno e que o colocou à venda, mas não se consegue levantar isso de uma hora para outra, não se vende um terreno assim", detalhou o advogado.

Na segunda-feira (18), a diocese de Pesqueira afastou temporariamente o religioso de suas funções sacerdotais. "A Igreja não aceita qualquer tipo de comportamento contrário aos princípios da moral e ética cristãs", diz o comunicado assinado por Dom José Luiz Ferreira Sales, bispo de Pesqueira.

"O padre reagiu com muita tristeza à suspensão, está muito abalado com as informações. Ela pode ser revertida, mas creio que difícilmente será. Agora ele está suspenso de todos os atos religiosos, por tempo indeterminado. A tolerância da Igreja hoje para com esses deslizes é zero. O bispo está cumprindo o Código de Direito Canônico", resumiu Cavalcanti.

O celular e o chip do suspeito já estão em poder da investigação e serão analisados. "Apesar disso, não há a certeza de que essas são as únicas cópias das fotos", disse o advogado.

G1 PE