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segunda-feira, 7 de março de 2016

Sem-teto lançam manifesto e prometem radicalizar contra Dilma


A base do Partido dos Trabalhadores (PT) deve pressionar a presidente Dilma Rousseff, além do que já enfrenta sobre a ameaça do impeachment e o aperto da Lava Jato.

Segundo a Folha de S. Paulo, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) deve divulgar um manifesto, nesta segunda-feira (07), anunciando protestos, bloqueios de vias, novos acampamentos e atividades em construções públicas contra o governo.

O texto declara que a petista tem encampado as reivindicações da elite, mas não há mais expectativas de que ela dê uma guinada à esquerda e que, por isso, “as pautas da direita serão enfrentadas nas ruas, sem tréguas e com radicalidade”.

As “Iniciativas como a reforma da Previdência, a reforma fiscal, o acordo com o PSDB em relação ao pré-sal e a lei antiterrorismo são expressões de um governo que parece não ter mais limites na entrega de direitos sociais”, afirma a declaração. Paralelo as centrais sindicais, o MTST  foi um dos movimentos que mais levou manifestantes ao ato contra o impeachment de Dilma, em dezembro.

O movimento, naquela altura, já criticava o ajuste fiscal promovido pelo governo, tendo como alvo o ex-ministro Joaquim Levy (Fazenda), mas evitava ser mais duro com Dilma. Porque temia expô-la ainda mais à “direita pró-impeachment” e depois, porque tinha expectativa de que a petista ainda pudesse aderir a reformas “mais à esquerda”, o que não ocorreu.

“Por causa dessa guinada [à direita] o governo viu evaporar a sua base social. Ficou com o ônus e não recebeu o bônus. Perdeu a base, o rumo político e ainda assim ficou sem a dita governabilidade”, diz o texto do MTST.

As manifestações, prometidas para março e abril, tem força para minar ainda mais a base social do governo Dilma. Os sem-teto pretendem dialogar com outros movimentos sociais para encorpar os atos.

O argumento adotado para sensibilizar sua própria base será o corte de investimentos no Minha Casa, Minha Vida, principalmente o programa habitacional do governo federal. “Em 2015, não houve praticamente nenhuma contratação do Minha Casa, Minha Vida faixa 1 [para as famílias mais pobres]”, disse Guilherme Boulos, coordenador do MTST e colunista da Folha.

O descontentamento do movimento se deve ao fato de que em São Paulo uma das modalidades do Minha Casa é executada sob responsabilidade do MTST. O grupo ganha o terreno da prefeitura, contrata a empresa que fará a construção das moradias e indica quais famílias irão receber as casas.

Mesmo tendo enrijecido o discurso contra o governo, o MTST não aderirá aos protestos pró-impeachment, como o marcado para o próximo domingo (13). “Da nossa parte, não há nenhuma identidade com as manifestações da direita. Nós criticamos o governo Dilma pelos motivos opostos. Nesse sentido, não há possibilidade de junção com esses movimentos”, falou Boulos. A declaração também vai criticar a maneira como está sendo conduzida a Operação Lava Jato, principalmente em relação ao ex-presidente Lula, porém não entrará no âmbito das acusações.

“Em nome do legítimo anseio de combate à corrupção, esta operação tem consolidado o abuso pelo Poder Judiciário em relação a garantias constitucionais –tal como na recente condução coercitiva do ex-presidente Lula sem qualquer intimação prévia.” “A perseguição a Lula […] tem também outro significado: simboliza o esgotamento da política de conciliação no Brasil”, conlui.

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